quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Fim

Procuro sons que possam abafar os gritos de minha alma. Sôfrega, geme num soluço rouco numa tenaz tentativa de não perecer no meu barulho. Já numa fugidia queda inerte , na luta entre o entregar e resistir à mim mesmo.
Sou o pior verdugo que podia me ter reservado,conheço minhas frágeis articulações por onde começarei a execução. Conduzirei à mim próprio,com êxito, à expiação quase que total, lavando de minha cansada alma escrota todas as culpas que visto.
Aprendo o sentido da vergonha por não poder me arrepender quando deveria e por não odiar quando deveria . Equeço o sentido da alegria e espero um novo sentido pra vida que não seja a espera da morte.
Quero que os extremos que me foram dados se encontrem ou que me seja concedido o equilibrio mínimo entre ser e enlouquecer.

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