terça-feira, 15 de setembro de 2009

Organizei tudo ao meu redor,
Na esperança de que dentro de mim algo se arrume.
Espaço vazio foi o que ficou entre o ambiente limpo e minha tralha cultivada.
O que fazer com isso tudo? Onde guardar? O que jogar fora? Jogar onde?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Na tela branca de pele marcada a marca era minha...
Sumindo de um amarelo pálido, mas minha.
Queria ter visto a marca nova recém feita mudando de cor.
Queria marcar a tela branca de novo, marcar a calor e ver recuperar a brancura, queimar com saliva e esfriar com meu sopro, mas foi só o amarelo pálido que restou , e por pouco tempo, logo some.
Logo some.
E enquanto a fumaça sobe nessa luz que reflete no teclado, penso no quanto é dificil dissipar os medos que regem nossas ações.
Se fosse menos doloroso, menos arriscado, menos agressivo acho que nos permitiriamos mais, ou menos.
Me falaram da leveza.
pensei nos extremos...
Na leveza da solidão e no peso do silêncio. ou o contrário que seja.
Que assim seja!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E o sexo?
Colocamos na prateleira.
E quando me vi sozinho sentei no sofá e percebi algo preso no vão, eram botões,botões da roupa de alguém que haviam caído e ficado ali, indo pro esquecimento.
Tentei pensar desde quando aqueles botões estariam ali já que os ocupantes anteriores estavam nús...
Sim nús, despidos dos pudores e dos conceitos.Dissecados de uma vontade velada no limite entre o resistir e .. bom o fato é que não sao nossos esses botões.
Se bem que tu colocou suas roupas antes de ir, o ato de ter partido foi tão violento, que me esqueci, tu se vestiu. Então os botões são teus...
Olha honestamente cara eles vieram à calhar, costurei numa camisa que estava sem . Mas o estranho é que quando uso a camisa e está tudo em silêncio, escuto os botões a sussurrar.
"Posso te pedir um favor, por nós ?
Claro.
Não fuja antes de tentar"

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Nas carnes que devoro sinto o gosto de repressão,
Poucos os que se devoram comigo.
Quero a infâmia da alma cheirando na pele.
A maldade do corpo queimando na tua temperatura.
Desisto da doçura quero força.
A ignorância é uma benção.

teu sangue

que a culpa seja lavada com sangue sujo,
pra justificar o ódio sentido dia após dia.
amargura de uma espera pela eternidade,
perturbada.
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