domingo, 11 de abril de 2010

Estigma

Muitas vezes o carrasco que nos executa, é nossa própria índole.
Alguma dessas vezes o julgamento e sentença parte de quem amamos e nessas situações em especial,
 a o caráter sujo, vem à tona e destrói.
Corrói em velocidade espantosa, cataclísmica tudo. Absolutamente tudo que julgamos sólido, intocado.  Na sacra tentativa de matar uma promiscuidade, inerente,
A sensação de "sujo" se torna um fardo pesado. Uma sina.
Uma sentença de morte lenta.Abrasiva. Ácida. De tristes cores desgastadas.
E se dermos um nome pra isso , temos que nos deparar com a malfadada Culpa.
Onde cada ato pode ser a teu favor, numa cena onde a honra está sendo assassinada, por um fraco.
Um ... um monstro, mais humano que qualquer um.
Por ser , e ser , somente erro...
Redundância, infame.
Culpa, onde o DES  não cabe
Onde o DES, não Desfaz.
Onde um mínimo ato ou olhar pode te colocar no teu devido lugar , imundo e pernicioso.
De onde , por pura vergonha, não temos nem sequer coragem de sair, muito menos de levantar o olhar e Mostrar tua verdadeira face.
Teu sentimento, vulnerabilidade, e dignidade inexistente.
Esse perdão não é a ti que peço.
É à mim. E não me concedo. não me permito.
Percebo que meus atos contra ti, foram mais drásticos em mim.
Justo, os causei.
Espero poder pagar a dívida que contraí.
Limpar um pouco da porcaria que fiz, mesmo sabendo que depois disso terei de reconstruir tudo de novo, sobre uma estrutura trincada pela minha própria instabilidade.
Não mais cantarei as minhas Glórias,
 elas trazem um peso de vergonha.
Perdão.
À mim.
Por mim.
Para mim.
Por ti.

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